Aloha, mochileiros! Hoje
compartilho com vocês minha experiência na Eslovênia.
O país fez parte do
roteiro de um mochilão realizado em fevereiro de 2014, que tinha também países como
Hungria, Polônia e Finlândia, dentre outros. Confesso que minha ideia sobre o
país era totalmente diferente do que, de fato, vi.
Tinha na mente algo antigo,
resquício de socialismo e um país não muito moderno, mas fiquei impressionado
com a cultura, modernidade e dinamismo do local, pelo menos na capital.
Eu e
meu amigo Alexandre viajamos de Zagreb, na Croácia, até Ljubljana, capital da
Eslovênia. Tivemos um momento tenso no trem, pois os guardas da alfândega
suspeitaram que nossos passaportes eram falsos, mas depois de meia hora falando
entre si, nos devolveram os documentos carimbados. Às vezes Pelé e carnaval não
conseguem nos salvar! Mas tudo deu certo e ficamos bem, a não ser pelo frio,
que era de cortar.
Em Ljubljiana - que significa cidade amada – chegamos e
fomos direto para o hostel, que por sinal foi um dos melhores que já me
hospedei, pois além do ótimo atendimento e ambiente, a arquitetura – uma casa
antiga de dois andares – fazia parecer como se estivéssemos em algum lugar bem
lá atrás, algo como algumas décadas no passado. Já era noite até nos
instalarmos, então saímos a procura de comida e encontramos um restaurante
brasileiro, com picanha, arroz e tudo mais, gerenciado por uma cubana e com
garçons brazucas. No entanto, preferimos andar mais um pouco e escolher outro
local.
No segundo dia, fizemos o walk tour pela manhã, passando pelo centro
histórico, central market (eles adoram um tipo de repolho cozido e carne de
cavalo, inclusive linguiça equina) catedral metropolitana, embaixadas, ópera, a
sede do festival de verão e sede do governo; almoçamos comida típica da
Eslovênia (purê de batata com pedaços de carne de porco e figo, em um molho
agridoce) e fomos ao castelo que há no topo de uma montanha no centro da cidade. A região do centro antigo que beira o
rio principal da cidade é cheia de barzinhos, restaurantes e pubs, um lugar bem
animado para encontrar a galera e beber. O engraçado e diferente do que estamos
acostumados é ver os jovens no bar, à noite, bebendo café e chá. Bem, nada
contra, mas dispensamos o chá e ficamos com as velhas e boas german biers. No
final da tarde fomos à estação de trem comprar nossos tickets para Budapeste e
encerramos o dia com uma sopa da tradição local. Nossa idéia era pegar um trem
noturno, mas ele fazia três baldiações e custava cerca de 700 reais! Bom,
mochileiro não tem um orçamento robusto, certo? Então a opção que nos restou
foi a de passar mais uma noite na Eslovênia e tomar um trem de 39 euros às 8:05
com destino a Budapeste, chegando na Hungria por volta das 18:00, com espera de
duas horas em uma cidade eslovena chamada Maribor.
A capital eslovena é bem
desenvolvida apesar de estar na parte leste da Europa e a arquitetura do centro
assemelha-se à de Viena, propositalmente, pois essa região foi reconstruida
depois de um terremoto ocorrido após a segunda guerra mundial. Nada de
exorbitante nos preços, mas pelo fato de o euro custar três vezes mais que o
real, não se consegue achar itens baratos, de fato (ainda sonhamos com meio
litro de cerveja a sessenta centavos de euro, como em Praga, em 2012, onde
cerveja era mais barata que água). Um fato político-social interessante que
ouvimos foi sobre a força jovem do país: anos atrás o governo decidiu cortar os
descontos que concedia aos jovens em diversos setores e produtos. Houve
revolta, apedrejaram os prédios governamentais e claro, reconquistaram os
benefícios. O mochilão na Eslovênia foi assim, espero que tenham curtido. Fiquem ligados nas próxima aventuras e... KEEP TRAVELLIN’!!!
Imigração - Entrada na Eslovênia
Estação de Trem de Ljubljana
Castelo de Ljubljana
Ljubljana
Comida típica da Eslovênia - Purê de batatas com carne de porco e figo, em um molho agridoce
Rua de Ljubljana, Eslovênia